As palavras foram proferidas durante a apresentação do Plano Estratégico do Porto de Sines para 2020-2030, por José Luís Cacho e deixaram um sinal positivo junto da Associação dos Transitários de Portugal (APAT), que já fez saber em comunicado que o futuro de Sines é “Por terra, mar e ar”.
Leia na íntegra:
“Relembramos que há cerca de um ano a APAT lançou o repto à DGRM [Direcção-Geral de Recursos Naturais, Segurança e Serviços Marítimos] para pensar em incluir o modo aéreo na JUL [Janela Única Logística] e no recente Plano de Recuperação Económica de Portugal 2020-2030 incluiu a possibilidade de tornar o aeroporto de Beja num Hub de carga aérea assim como pensar na criação de uma ou mais zonas de “free trade” operando com procedimentos administrativos simplificados e ágeis, estando estas vocacionadas para armazenagem e distribuição, transhipment e operações de re-exportação, podendo resultar na atração de investimento nacional e estrangeiro, trazendo a industria e os serviços relacionados com as cadeias logísticas globais de alto valor.
Partilhamos ainda da ideia de que Portugal tem uma localização geoestratégica e geoeconómica que deve ser capitalizada, mas tudo depende das estratégias políticas que queremos assumir perante o mundo e a Europa. Temos mão de obra disponível e das mais competitivas, teremos, no entanto, de resolver os problemas que temos ao nível da confiança na justiça, na fiscalidade, nos serviços públicos promovendo alterações muito substanciais e substantivas.
O Porto de Sines em 2004 iniciou um processo que “revolucionou” o transporte, principalmente, de contentores em Portugal, tornando-se num dos principais Portos Europeus a apostar em mais intermodalidade. Foi e continua a ser percursor e a liderar o processo da JUL, poderá igualmente fazer semelhante em relação à carga aérea, pois tendo posicionamento estratégico e privilegiado e se conseguir aceder com facilidade ao aeroporto, poderá conjugar volumes de cargas de diferentes naturezas, promovendo toda a cadeia logística evitando desperdícios de meios promovendo mais rentabilidade e maior competitividade.
A APAT entende que esta estratégia contribui eficazmente para o incremento do modal Shift seguindo a estratégia e as orientações da própria EU no caminho de mais sustentabilidade”.
