O evento decorreu esta manhã na sede da APS - Administração dos Portos de Sines e do Algarve e o membro do governo defendeu a importância do porto alentejano para a economia regional e nacional. Para o ministro, a digitalização, descarbonização e industrialização são os caminhos para que o Porto de Sines seja um pólo de desenvolvimento económico e social do país: “Queremos que o porto de Sines nos permita industrializar Portugal”, afirmou Pedro Nuno Santos.
Recordando o acordo celebrado na semana passada para o estabelecimento de uma rota de exportação de hidrogénio entre o Porto de Sines e o Porto de Roterdão, na Holanda, o ministro explicou que “Portugal tem condições únicas para produzir hidrogénio, pois “75% dos custos de produção é electricidade”, onde o nosso país se apresenta muito competitivo nas energias renováveis, eólica e solar.
“O porto de Sines é muito importante para Portugal e poderá vir a ser determinante a nível ibérico”, salienta Pedro Nuno Santos, considerando que “há um potencial que ainda não estamos a aproveitar”.
Já José Luís Cacho, presidente da APS, revelou que o porto de Sines cresceu 8% desde o início do ano face ao período homólogo, no segmento da carga contentorizada, tendo registado um decréscimo de 2% em relação ao mesmo período de 2019 na carga geral “fruto da descarbonização da economia”.
O plano estratégico do Porto de Sines 2020-2030 foi apresentado pelo coordenador do projecto, o professor Álvaro Nascimento, da Católica Porto Business School, da Universidade Católica do Porto, que entende que este tem potência de crescimento e capacidade para se tornar a porta de entrada e de saída da Península Ibérica na fachada Atlântica. Para tal, precisa de saber usar as vantagens que tem a seu favor, como agregador dos múltiplos interesses à sua volta: “Sines precisa de reforçar a capacidade de centralidade e conectividade não só física mas também de infraestruturas de comunicação. Sines tem capacidade de se afirmar numa comunidade mais ampla".
Sustentado em três Eixos Estratégicos, cujo objectivo fulcral se foca no reforço da centralidade e da conectividade assente num modelo de gestão de rede ou de coordenação do sistema, e um compromisso firme com a sustentabilidade ambiental e social, este plano estratégico pretende tornar Sines um Porto para o Mundo, trazendo o Mundo para o Porto enquanto o prepara para um Futuro cada vez mais moderno, inovador, digital e eficiente.
Tendo como Metas Estratégicas a captura de carga ibérica para alcançar uma quota de 3% no total associado ao comércio externo, expandir a actividade da ZILS/ZAL e assegurar que as novas actividades económicas contribuem com mais de 40% para os movimentos do porto, bem como atingir a liderança na satisfação dos stakeholders no que diz respeito aos atributos de “conectividade interna”, “custo/preço” e “hinterland”, o Porto de Sines coloca a fasquia na excelência, assente numa proposta de valor com visão de futuro.
