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Vamos dizer adeus ao gasóleo?

08 março 2022

A União Europeia está comprometida em atingir a neutralidade carbónica até 2050 e a descarbonização do sector dos transportes - responsáveis por 25% do total das emissões de gases com efeito de estufa na Europa - é um dos pilares essenciais desta mudança.

O caminho para esta transformação profunda na mobilidade como hoje a conhecemos pode ter várias abordagens e a EUROTRANSPORTE foi tentar perceber se está ou não para breve o adeus aos motores a combustão.

Estamos em 2022 e já nem olhamos com estranheza para o verão que nunca mais acaba, para as ondas de calor, as vagas de frio, os meses de seca ou as inundações em alturas inusitadas. As alterações climáticas são cada vez mais dramáticas e há vários anos que temos tomado consciência de que é preciso agir pelo futuro do nosso planeta. O debate na esfera pública intensifica-se e as medidas já estão a ser tomadas para minimizar as consequências das emissões de gases com efeitos de estufa. Entre elas, o Acordo de Paris, assinado por 195 países, que visa limitar o aquecimento global em 1,5ºC, reconhecendo que isso reduzirá significativamente os riscos e impactos das alterações climáticas. A Europa ambiciona ser o primeiro continente com um impacto neutro no clima, pelo que já adotou um conjunto de propostas legislativas com o objetivo de tornar as políticas da União Europeia (UE) em matéria de clima, energia, transportes e fiscalidade aptas para alcançar uma redução das emissões líquidas de gases com efeito de estufa de, pelo menos, 55% até 2030 (por comparação com os valores registados em 1990): o chamado «Fit for 55».

A importância dos transportes

Fundamentais para o funcionamento da economia e para as cadeias de abastecimento mundiais, os transportes são, porém, responsáveis por 25% do total das emissões de gases com efeito de estufa na Europa, contribuindo consideravelmente para a poluição atmosférica e sonora, para a sinistralidade e para o congestionamento rodoviário. Deste modo, torna-se claro que para alcançar as metas propostas no sentido da descarbonização, são necessárias mudanças ambiciosas - para não dizer radicais - neste setor. Atualmente, os transportes rodoviários pesados são totalmente dependentes do gasóleo, produzido a partir do petróleo, que é um combustível fóssil não renovável praticamente omnipresente em tudo o que usamos e consumimos. Além de ser um recurso finito, gera graves consequências ambientais (e disputas políticas), tendo chegado a hora de procurar alternativas viáveis àquele que é conhecido como «ouro negro».

O desafio da sustentabilidade é sério e foi lançado não só aos fabricantes, mas também às próprias cidades, que cada vez mais querem limitar a circulação de veículos com motores de combustão. A urgência da crise climática é indiscutível e todos almejamos um planeta mais limpo. Mas será que estamos verdadeiramente preparados para transformar a realidade que conhecemos?

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