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APAT volta a denunciar Menzies

06 junho 2025
3min.

Já não é a primeira vez que a Associação dos Transitários de Portugal (APAT) chama a atenção para esta realidade.

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Já em 2024, a APAT alertou para uma situação que não deixará cair no esquecimento em 2025: a ‘taxa de continuidade de serviço’, aplicada pela companhia de handling Menzies e que continua a afetar gravemente a integridade das operações logísticas e das transações comerciais, desprezando os donos das cargas, distorcendo o mercado e colocando em risco princípios constitucionalmente consagrados. Uma realidade que a APAT considera insustentável.

Em comunicado, a APAT diz ter-se mostrado pronta para o diálogo, "em busca de uma solução construtiva. Infelizmente, e volvidos vários meses, não foram obtidos quaisquer progressos na resolução de um problema que a Menzies insiste em alimentar: a dita ‘taxa de continuidade de serviço’, cuja introdução foi unilateral e indiscriminada, é um ataque à integridade das cadeias de abastecimento, um insulto à sustentabilidade dos transitários e operadores logísticos e, como não poderia deixar de ser, um golpe ao cliente final. Coloca em risco o princípio da continuidade territorial – consagrado na Constituição da República Portuguesa – e a igualdade de acesso ao território continental, num mercado que, na prática, funciona como um monopólio, uma vez que a liberdade de escolha e a concorrência são inexistentes do ponto de vista do cliente da carga. Por tudo isto, a APAT não pode compactuar com esta situação, que se prolonga no tempo sem a devida intervenção da tutela, que a APAT agora solicitou, mediante exposição à ANAC, Autoridade da Concorrência e aos Ministérios das Infraestruturas e da Economia."

Segundo a APAT: "a aplicação indiscriminada desta taxa a todas as cargas – independentemente do seu valor, volume ou natureza – gera efeitos profundamente desproporcionados, sobretudo quando aplicada a cargas de reduzida dimensão ou valor económico: precisamente o caso da maioria das operações com destino a Lisboa. Nestes casos, chega mesmo a representar um acréscimo superior a 100% sobre os valores previamente cobrados a título de handling, comprometendo gravemente a sustentabilidade económica das operações, numa situação prática de monopólio e contribuindo ativamente para degradar o já de si frágil setor da carga aérea. Tudo o que a Logística e o país, definitivamente, não precisam. A APAT não cruza os braços: exigiu a averiguação da legalidade desta taxa – nos moldes em que foi introduzida – e a sua suspensão cautelar até à conclusão das diligências instrutórias necessárias à apuração da sua legitimidade. Porque acreditamos, veementemente, que não deverá recair sobre o mercado – composto por todos nós – o dever de ‘salvar’ a Menzies dos seus erros de gestão do passado."


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