Leasing, factoring e renting cresceram em 2017

16 março 2018
6min.

Paulo Pinheiro (Caixa Leasing e Factoring) foi reeleito presidente da Associação Portuguesa de Factoring, Leasing e Renting (ALF), numa altura em que o sector do financiamento especializado continuaa registar resultados positivos.

Paulo Pinheiro

Acompanham Paulo Pinheiro na direcção da Associação Portuguesa de Factoring, Leasing e Renting (ALF), os vice-presidentes do mandato anterior: António Oliveira Martins (Leaseplan Portugal) e Rui Esteves (EUROFACTOR), foram também reeleitos. Como vogais, assumem funções Manuel de Sousa (ALD Automotive), que transita igualmente da direcção anterior, e Paulo Franco (Novo Banco).

A nova direção vai dar continuidade ao trabalho de promoção do Leasing, Factoring e Renting, cujos produtos estão a converter-se em opções cada vez mais valorizadas pelas empresas, em particular pelas PME’s, dadas as suas vantagens económicas, financeiras, fiscais e operacionais. Além disso, pretende reforçar o contributo da ALF ao nível da definição de Políticas Públicas que respondam integralmente às necessidades e desafios do tecido empresarial português. Outra das apostas da direcção agora eleita passa pelo reforço da oferta formativa disponibilizada aos profissionais do sector.

“A importância dos nossos produtos é cada vez maior para a economia real. Só no último ano os associados da ALF foram responsáveis por investimentos de 3 mil milhões de euros através de Leasing, tomaram créditos no valor de 27 mil milhões de euros em Factoring e geraram uma produção de 632 milhões de euros em 32.732 viaturas novas através de Renting. Assim, nos próximos três anos continuaremos totalmente focados no crescimento de um sector que é já uma das principais alavancas de financiamento das empresas portuguesas”, afirma o presidente reeleito.

Sector em crescimento

De acordo com as estimativas reveladas pela Associação Portuguesa de Leasing, Factoring e Renting (ALF), o sector do financiamento especializado continuou a registar resultados positivos em 2017. Os números analisados apresentam um crescimento da produção do Leasing, Factoring e Renting, em linha com o crescimento da economia portuguesa no ano passado.

Leasing cresce 23%

As estimativas da ALF mostram que o Leasing revelou um volume de 3 mil milhões de euros, registando uma procura 23% superior à observada em 2016 (ano em que foram feitos investimentos de 2,4 mil milhões de euros através de Leasing). O crescimento foi notório em todas as categorias.

A locação financeira mobiliária cresceu 27,6%, correspondendo a 2,2 mil milhões de euros. O Leasing Automóvel contribuiu com 1,4 mil milhões de euros, mais 25% do que no período homólogo; e o Leasing de Equipamentos ascendeu aos 786 milhões de euros, indicando um crescimento de 33% relativamente a 2016.

Os novos negócios da Locação Financeira Imobiliária representaram 809 milhões de euros em 2017, aumentando 11,6% comparativamente ao ano precedente.

Factoring com evolução positiva de 10%

No que toca ao Factoring, em 2017, as estimativas da ALF indicam que os créditos tomados atingiram o valor 27 mil milhões de euros, mais 10% do que em 2016, equivalendo a 11% do Produto Interno Bruto português.

O Factoring Internacional continua a ser o que regista maior crescimento, apresentando um aumento de 24%, correspondendo a mais 828 milhões de euros de créditos tomados do que em 2016 e totalizando 4,2 mil milhões de euros em 2017. O contributo do Factoring para as empresas exportadoras destaca-se, sendo responsável por uma crescente percentagem de trocas comerciais com o exterior, chegando a 4 mil milhões de euros (enquanto em 2016 tinha ficado pelos 3,2 mil milhões de euros). Já o Factoring de Importação totalizou uma produção de 248 milhões de euros, mais 13,2% do que no ano precedente.

O Factoring Doméstico continuou também em 2017 a demonstrar a sua importância para a economia nacional, com uma produção de 13,8 mil milhões, o que representa um aumento de 9,9% face ao ano anterior – sendo que o Factoring Sem Recurso foi determinante para se atingir esta cifra, com uma produção estimada de 8,5 mil milhões de euros.

Já o Confirming – um serviço com crescente procura, em que o factor efectua o pagamento aos fornecedores do seu cliente, podendo também assumir a forma de adiantamento – cresceu a uma taxa de 4,9%, atingindo os 8,9 mil milhões de euros, isto é mais 413 milhões de euros do que em 2016.

Frota gerida em renting aumenta 7,3%

Em 2017, segundo as estimativas da ALF, o Renting de viaturas em Portugal cresceu 2,8% relativamente ao ano anterior, ao formalizar 32.732 operações (26.670 com viaturas de passageiros e 6.062 com comerciais). Esta cifra corresponde a uma produção de 632 milhões de euros, ligeiramente acima do valor de 2016 (ano em que a actividade representou 624 milhões de euros).

O Renting assumiu até ao final de 2017 a gestão de uma frota automóvel de passageiros e comerciais com 106.734 viaturas, denotando-se um crescimento de 7,3%, face às 99.510 viaturas registadas no ano precedente. Observou-se assim um crescimento de 14% no valor das frotas automóveis geridas pelas Rentings, totalizando 1,6 mil milhões de euros.

Para Paulo Pinheiro, Presidente da ALF, no geral, “estes dados vêm confirmar que o sector tem conseguido adaptar-se aos desafios constantes das necessidades do tecido empresarial, ganhando cada vez mais credibilidade junto dos clientes. Ao longo de 2018, prevê-se que o financiamento especializado mantenha a linha de crescimento verificada, nomeadamente porque existe ainda muito potencial para crescer sobretudo entre as pequenas e médias empresas, que podem optar pelas nossas soluções de financiamento especializado como forma de complementar as opções de crédito tradicionais, contribuindo para o seu crescimento e flexibilidade económica”.

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