A ex-ministra do Mar do primeiro Governo de António Costa e mulher do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, foi indicada pelo Executivo para presidir a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT) e toda a documentação necessária para que a nomeação possa avançar já chegou à mesa da presidente da Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública (CReSAP).
De acordo com informações recolhidas, foi o ministro das Infra-estruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos, a propor a deputada socialista para o cargo de supervisão.
O presidente do PSD pediu esta terça-feira explicações ao primeiro-ministro sobre as escolhas de Pedro Adão e Silva para comissário executivo dos 50 anos do 25 de Abril e de Ana Paula Vitorino para a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes. Em declarações aos jornalistas, Rui Rio criticou sobretudo a nomeação de Pedro Adão e Silva, salientando que "é uma pessoa marcadamente do PS, que aparece nas televisões há muitos anos sempre a defender as posições do Governo e do PS e a atacar permanentemente as oposições".
"Para que é que é necessário nomear um comissário executivo com toda esta antecedência para comemorações que vão decorrer em 2024 e a terminar em 2026? Vai ficar ao todo cinco anos e meio, a 4.500 euros por mês, dá seguramente mais de 320 mil euros ao todo", criticou.
"Considero isto absolutamente escandaloso e considero mesmo que se pode ler que é um pagamento pelos serviços prestados ao Partido Socialista com os impostos dos portugueses", acusou.
Por outro lado, Rio referiu-se à indicação, noticiada por alguns jornais, da deputada do PS Ana Paula Vitorino para presidir à Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), "com um salário ainda maior".