ANTRAM apela a acordo pós-Brexit

28 setembro 2020
2min.

Juntamente com mais 32 associações empresariais europeis, sob a égide da IRU - World Road Transport Organization, a ANTRAM fez um apelo aos negociadores da União Europeia (UE) e do Reino Unido (RU) para chegarem a um acordo.

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O objectivo é que ambas as partes, UE e RU, cheguem a um acordo pós período de transição do Brexit, de forma a beneficiar todos os operadores económicos e da economia. A carta aberta, da qual a Associação Nacional de Transportadores Públicos Rodoviários de Mercadorias (ANTRAM) é signatária, é dirigida a Michel Barnier e a David Frost, com a coordenação da IRU e pede um acordo que proteja a circulação de veículos pesados de mercadorias entre a União Europeia e o Reino Unido.

A ideia é que “o trânsito entre e nos seus respectivos territórios aconteça sem introdução de autorizações especiais de circulação e o recurso a sistemas de cotas. Um acordo de comércio livre entre as duas partes protegeria a cadeia de abastecimento e apoiaria as economias em toda a União Europeia, estimando-se que anualmente mais de 2,3 milhões de camiões viajam de e para o Reino Unido e a União Europeia”, diz o comunicado enviado pela ANTRAM.

Brexit Transportes

O transporte rodoviário de mercadorias sofreu um forte impacto durante a pandemia por COVID-19, com uma perda anual de receita para as empresas do sector de âmbito internacional na ordem dos € 64 biliões. Caso não seja possível alcançar um acordo entre o Reino Unido e a União Europeia no final do ano, prejuízos adicionais, com uma dimensão gravíssima, serão esperados para as empresas, o que deveria ser evitado a todo o custo.

Sem um acordo de livre comércio, os operadores europeus e do Reino Unido irão deparar-se com regimes nacionais diversos e fragmentados o que levará consequentemente, a um aumento de custos, tempos de viagem mais morosos e possíveis interrupções na cadeia de abastecimento.

A ANTRAM considera “essencial que seja celebrado um acordo, que acautele os interesses de todas as partes envolvidas e que o mesmo seja norteado pela máxima transparência quanto aos termos da sua futura operacionalidade, de maneira a que as empresas do sector tenham tempo suficiente para se adaptarem à nova realidade, minimizando os potenciais efeitos adversos que qualquer mudança possa implicar”.

 


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