A Patinter colocou 450 trabalhores em lay-off, num universo de 1000 funcionários que tem a operar em Portugal. Em declarações à Lusa, o director da maior operadora nacional de transporte rodoviário de mercadorias e actual presidente da ANTRAM, Pedro Polónio, referiu que o lay-off foi “a forma mais inteligente de proteger os postos de trabalho”.
Segundo este responsável, “infelizmente somos uma empresa que trabalha muito na área do transporte internacional e também muito com a indústria automóvel, que foi das mais afectadas”, para adiantar de seguida que “a larguíssima maioria das fábricas de produção automóvel está ainda parada por toda a Europa, o que nos fez baixar as cargas", disse.
Pedro Polónio salientou, ainda, que o lay-off “foi requerido pelo prazo de 30 dias, sem prejuízo de parte ou a totalidade dos trabalhadores poderem vir a ser retirados deste regime quando as condições de trabalho assim o determinarem, ou seja, quando os nossos clientes nos pedirem trabalho que justifique a colocação dos camiões na estrada". Contudo, segundo este responsável “existem áreas da empresa que não foram afectadas, nomeadamente o transporte nacional, a distribuição alimentar e o transporte de contentores de e para os portos. Aí está tudo a andar o mais normal possível e há uma parte que está a andar também no (transporte) internacional. Mas é uma evidência que, não havendo trabalho para todos, não nos restou outra alternativa", concluiu.
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