O Governo aprovou ontem, em Conselho de Ministros, a suspensão até Setembro do pagamento de créditos à habitação e de créditos de empresas, com especial enfase para as do sector dos transportes de mercadorias. Tudo devido à quebra de rendimentos pela crise provocada pelo surto de Covid-19.
O decreto-lei foi aprovado em Conselho de Ministros e, segundo disse em conferência de imprensa o ministro da Economia, Siza Vieira, implica "a suspensão de capital e de juros por seis meses, até 30 de Setembro". Esta, segundo o governante "foi a medida certa para que as famílias e as empresas possam ficar aliviadas de um esforço significativo dos próximos tempos”, disse Siza Vieira, referindo ainda que os clientes que beneficiem das moratórias nos créditos “não ficarão marcados como devedores em dificuldades”.
Ainda segundo este responsável governativo pela pasta da Economia, a totalidade dos créditos que podem ter moratórias representam um valor total de 20 mil milhões de euros.
Nos créditos à habitação, a suspensão dos pagamentos é válida para créditos de habitação própria permanente.
Segundo o comunicado do Conselho de Ministros, divulgado após a reunião do executivo “o sistema financeiro tem um especial dever de participação neste esforço conjunto pela sua função essencial de financiamento da economia”.