Foi depois do cancelamento do Grande Prémio da Austrália, evento que marcava o início da temporada da Fórmula 1, há cerca de uma semana, que a Ferrari iniciou negociações com a Siare Engineering Internacional Group para colaborarem em conjunto no sentido de acelerar a produção de ventiladores, um dos equipamentos essenciais no combate ao COVID-19 e que, infelizmente, mais escasseia nesta altura tão conturbada.
A confirmar-se a parceria, a capacidade de produção da Siare Engineering, empresa italiana de material médico, atingirá os 2500 ventiladores, enquanto isoladamente apenas seria capaz de fabricar cerca de 150 unidades. Todos os equipamentos serão entregues aos hospitais que lutam contra o novo coronavírus.
Além da ajuda da marca automóvel ser essencial no que concerne à vertente eletrónica da produção, outra vantagem da parceria reside no seu poder de compra, que facilita a obtenção de componentes. Parte destes equipamentos médicos vão agora ser produzidos na linha de montagem da Scuderia, sendo que fazem ainda parte de iniciativa a Fiat Chrysler e a Marelli.
Com a Itália no epicentro da epidemia, não é segredo para ninguém que os ventiladores existentes não são suficientes para responder ao tratamento do enorme número de doentes e, em contrapartida, são imprescindíveis para manter muitos deles vivos, assegurando as suas funções respiratórias.
Recentemente, a família Agnelli, proprietária do grupo Fiat Chrysler Automobiles e da Ferrari, tinha já anunciado a doação da quantia de 10 milhões de euros ao Ministério da Saúde Italiano, valor que se destina a ser mais uma ajuda para combater o COVID19, tendo ainda fornecido em conjunto com outras empresas do grupo EXOR, equipamentos médicos urgentes.
