Foto: Mário Cruz/Lusa
Na sequência das medidas anunciadas pelo Governo no âmbito da declaração de estado de emergência nacional, em que as oficinas de reparação automóvel e comércio de peças, mantêm-se abertas ao público, o presidente da Direcção da Associação Nacional das Empresas do Comércio e da Reparação Automóvel (ANECRA), Alexandre Ferreira, fez questão de referir que a ANECRA, enquanto maior associação do sector automóvel, congratula-se com esta circunstância, em particular pelo facto de o Governo ter considerado estas actividades, como essenciais ao regular funcionamento económico/social do País. Aproveita ainda para manifestar a sua total disponibilidade e empenho, no âmbito das suas capacidades e competências, para colaborar activamente para que todos possamos enfrentar e sair rapidamente desta situação de grande gravidade.
Em comunicado conjunto com as restantes associações do sector (ACAP, AFIA e ARAN), a ANECRA refere que “a grave crise, que resultou da pandemia do coronavírus, irá ter os efeitos de uma guerra devastadora, com especial impacto na nossa economia”.
Lembramos que o sector automóvel (ligeiro e pesados) representa 19% do PIB, 25% das exportações de bens transacionáveis e emprega, diretamente, cerca de duzentas mil pessoas. Por outro lado, em termos da União Europeia, Portugal é um dos países em que as receitas fiscais geradas pelo sector automóvel, têm um maior peso no total das receitas fiscais do Estado, representando vinte e um por cento do total dessas receitas.
“O sector automóvel aprova as medidas que têm vindo a ser tomadas pelo Governo, assim como as recomendações sanitárias para as empresas e trabalhadores, as quais estão a ser rigorosamente cumpridas. As empresas, desde o início da crise, têm vindo a aplicar planos de contingência de modo a que, por um lado, possam proteger os seus colaboradores e, por outro, possam continuar a sua laboração de modo a que as consequências, em termos económicos, não sejam ainda mais negativas”, pode ler-se no comunicado da ANECRA.
É de salientar, que este é um sector composto por todo o tipo de empresas, desde as maiores exportadoras às pequenas e médias, às microempresas e empresários em nome individual. Por outro lado, este tecido empresarial tem uma cobertura alargada a todo o território nacional, sendo o maior empregador em muitas regiões do nosso país.
Por isso, para esta Associação do sector, como transcreve no comunicado “é, importante para as Associações signatárias ACAP, AFIA, ANECRA e ARAN, que representam as empresas de todas as áreas de actividade do sector automóvel, virem alertar para a necessidade de, para além das medidas já tomadas pelo governo, ser criado um plano específico de apoio ao sector. Estas medidas, permitirão às empresas não só atenuar esta crise, mas também para manter a sua competitividade, após este período, logo que se verifique a retoma gradual da economia”.
