"Oferecemos soluções e qualidade ao cliente"

01 julho 2022
9min.

Jorge Teixeira, Gestor de Após-Venda do Centro de Colisão e Serviços Especializados da Auto Sueco em Gaia, falou à Eurotransporte sobre o crescimento desta área de negócio, que traz a qualidade a que o grupo já nos habituou às reparações multimarca de veículos pesados e ligeiros.

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Ligado ao setor de após-venda há mais de duas décadas, Jorge Teixeira aceitou o desafio para se dedicar à gestão operacional do Centro de Colisão da Auto Sueco, criado em março de 2019, em Vila Nova de Gaia. “Por questões estratégicas e de crescimento, foi decidido abrir estas instalações, que já tinham sido oficinas do grupo e estavam devolutas”, relembra. Na altura, depois de sondar o mercado, percebeu-se a importância de apostar em serviços multimarca, permitindo aos clientes “focarem-se no seu negócio, em vez de procurar uma oficina para cada carro”, explica o responsável, que nota a evidente mais-valia que estas instalações trazem ao mercado: “Se tínhamos as instalações e o know-how, porque não oferecer aos clientes um serviço de excelência ao nível da colisão?”, questiona.

Jorge Teixeira, Gestor de Após-VendaJorge Teixeira, Gestor de Após-Venda

Além da reparação de sinistros
O trabalho no Centro de Colisão começa no diagnóstico e vai até à reconstrução total das viaturas. Segundo Jorge Teixeira, graças ao equipamento de que dispõem, conseguem “recuperar cerca de 95% das viaturas que chegam”. Dedicam-se, principalmente à chapa e à pintura, mas também é possível fazer ali o alinhamento de todo o tipo de estruturas, chassis e cabines de pesados, com equipamentos que recorrem à tecnologia laser e que exercem forças de quarenta toneladas, o que, juntamente com literatura específica "permite manter as cotas originais e deixar a viatura tal como foi posta no mercado, ao milímetro”, explica.

As instalações têm 3.000 m2 de área, dos quais 500 m2 para o armazémAs instalações têm 3.000 m2 de área, dos quais 500 m2 para o armazém

Além disso, o Centro de Colisão faz também serviços especializados, nomeadamente no caso do trabalho na imagem/restyling de viaturas mais antigas, ou na área das superestruturas dos carros ligados à área do ambiente e de recolha de resíduos sólidos urbanos. Também executam montagens e manutenções de kits hidráulicos, lavagens de interior e exterior, bem como higienização de cabines. O espaço tem um total de 3.000 m2, dos quais 500 m2 para o espaço de armazém.

Formação da casa
Quando falamos sobre a equipa do Centro de Colisão, o responsável não esconde o orgulho nos profissionais que lidera. No total são 33 pessoas, dos quais 26 técnicos: pintores, serralheiros, mecânicos e eletricistas, com idades que vão dos 18 aos 60 anos. Devido à falta de mão de obra especializada, a empresa tem apostado na formação de jovens para colmatar esta lacuna e há apenas um mês admitiram cinco pessoas que vieram da escola de formação da Auto Sueco. Os mais novos trabalham lado a lado com os mais velhos e absorvem métodos e ritmos de trabalho do dia a dia, interiorizando e partilhando desde cedo os valores e princípios da Auto Sueco, como a “qualidade do trabalho e o foco no cliente”, diz Jorge Teixeira.

A Auto Sueco aposta na formação interna para colmatar a falta de mão de obra especializadaA Auto Sueco aposta na formação interna para colmatar a falta de mão de obra especializada

Além disso, especialmente na área da pintura, o Centro de Colisão conta com parceiros que disponibilizam “produtos de qualidade, um acompanhamento técnico permanente, com formações «on job» e em sala. Acho que o que distingue este Centro é a qualificação e formação que os nossos colaboradores têm e todas as condições de que dispomos, como a manutenção e limpeza constante das instalações, os equipamentos que utilizamos e o facto de nos procurarmos manter atualizados sobre as últimas novidades nas áreas em que trabalhamos. Queremos que isso seja o fator diferenciador que faça com que os nossos clientes venham e os que ainda não são clientes venham a ser”, declara o gestor.

Crescer mesmo em pandemia
O nosso interlocutor chegou ao Centro de Colisão há cerca de um ano e admite que, para ele, o mais complicado foi entrar na área em plena pandemia e, com as máscaras, não poder conhecer os rostos da equipa, nem ter “contacto direto com os pares”. Também a gestão de recursos humanos não foi fácil, lamenta, “porque todos os dias entrava alguém de baixa médica enquanto outros regressavam do isolamento”, mas o centro nunca fechou. A quebra no transporte de passageiros não foi significativa para a atividade do Centro de Colisão, que notou, sim, o abrandamento das frotas na área das mercadorias, com a “sinistralidade a reduzir brutalmente”, durante esse tempo, a juntar-se à incerteza do futuro, que levou a que todos “evitassem intervenções que não fossem absolutamente necessárias.

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O Centro de Colisão abriu em Gaia em março de 2019, mas já contava com alguns valores comparativos relativos ao trabalho que vinha a ser realizado na Maia e registou-se, de acordo com Jorge Teixeira, “um crescimento bastante significativo. No produto multimarca, conseguimos passar de 20% das horas faturadas em 2019 para quase 50% em 2021. Em termos gerais, crescemos cerca de 10% ao ano, mesmo em plena pandemia. Movimentamos cerca de 120 folhas de obra por mês e a nossa quota de ligeiros ronda os 15%, em termos de horas vendidas”.

Para perceber o nível de satisfação dos clientes, a Auto Sueco conta com uma empresa externa que faz inquéritos para avaliar “se o cliente recomendaria os serviços do Centro de Colisão a um amigo ou a um conhecido e essa avaliação está em 88,9%”, revela o gestor de após-venda, que garante que apesar de o nível de trabalho ser “bastante elevado” só baixará os braços quando chegar aos 100%.

Foco no cliente
O Centro de Colisão trabalha em proximidade com cada um dos clientes, mesmo que estes não possam acompanhar as reparações presencialmente. Jorge Teixeira afirma que esta é uma “oficina aberta e sem nada a esconder” e adianta que hoje em dia, com as novas tecnologias, os técnicos vão, inclusivamente, tirando fotografias durante a evolução da reparação e enviam por WhatsApp, para que o cliente saiba o que está a acontecer com o carro em todos os momentos. Contam já com presença nas redes sociais Facebook e Instagram e estão a ultimar uma página dedicada ao Centro de Colisão, com o objetivo de dar a conhecer o serviço multimarca para pesados e ligeiros que oferecem e publicar alguns trabalhos com o «antes» e o «depois», reunindo também os testemunhos dos clientes.

Desafios atuais
Sendo uma oficina para reparação multimarca, é difícil fazer stock de peças, pelo que no armazém se encontram maioritariamente “materiais que são transversais e que são sempre necessários, assim como algumas coisas mais específicas para o produto Volvo, que sabemos que têm sempre algum consumo”, diz Jorge Teixeira, que ainda assim assegura que “de uma maneira geral, conseguimos ter 95% do material disponível em 24/48 h”. Faltas de stock, para já, só notam em produtos muito específicos, como parabrisas ou material elétrico e eletrónico e têm conseguido, até ao momento, absorver o “significativo aumento dos materiais de pintura, como diluentes ou tintas”, sem fazer essa transferência de custos para o cliente”.

A limpeza e organização da oficina é uma dos princípios base para o funcionamento de excelência do Centro de ColisãoA limpeza e organização da oficina é uma dos princípios base para o funcionamento de excelência do Centro de Colisão

Para 2022, o objetivo do Centro de Colisão e de Serviços especializados cifra-se nos 2 milhões de euros e Jorge Teixeira pretende a afirmação das instalações “como oficina de referência neste setor. A diferença terá de ser feita não só pela qualidade do trabalho, mas também pela disponibilidade e tempo de intervenção. Uma viatura comercial parada é um custo para o nosso cliente e é esse custo que devemos minimizar”, conclui.


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