Frasquilho defende que ajuda à TAP terá impacto positivo

05 março 2021
3min.

O Presidente do Conselho de Administração da TAP, Miguel Frasquilho considera que a ajuda pública estimada até 2024 terá um impacto positivo na economia cerca de duas a três vezes superior até 2030.

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As afirmações foram feitas na comissão parlamentar de Economia, Inovação, Obras Públicas e Habitação, no âmbito dos requerimentos apresentados pelo PSD e pela Iniciativa Liberal.

"A opção de deixar cair a TAP teria um custo fortíssimo para a nossa economia. [...] Aquilo de que a TAP necessita até 2024 e o retorno que será gerado para a economia será muitíssimo superior a esse investimento que já está a ser feito pelos portugueses", reiterou.

Miguel Frasquilho reconheceu que o plano de reestruturação da companhia exige "sacrifícios muitos significativos" aos trabalhadores, mas também um "grande esforço coletivo" dos portugueses num momento económico difícil. "Os sacrifícios pedidos a todos, incluindo aos trabalhadores, são muito significativos, mas não podia ser de outra forma, porque nunca é demais recordar que os portugueses estão a fazer um grande esforço coletivo para salvar a TAP e também estão a passar por dificuldades nas suas vidas e nos seus empregos", afirmou Miguel Frasquilho.

Na sua intervenção inicial na audição, o presidente do Conselho de Administração da companhia sustentou ainda que, e "ao contrário do que se viu publicado", o plano de reestruturação "não fará da TAP uma TAPzinha". "É verdade que podemos reduzir a nossa frota para 88 aeronaves de passageiros, mas, ainda assim, será um número de aviões superior aos 75 que a TAP tinha em 2015, aquando da privatização", recordou. "De resto", salientou Frasquilho, "esta dimensão permite à TAP manter o seu modelo de conexão intercontinental, que liga Europa às Américas e a África e que nos vai permitir manter, e até mesmo reforçar, a missão das nossas operações em cidades como o Porto e Faro, através da TAP Express".

Embora reconhecendo que "a missão de salvar e tornar sustentável a TAP numa situação de mercado tão adversa e tão incerta implicou apresentar um plano que é muito duro à Comissão Europeia", Miguel Frasquilho salientou que houve "sempre a preocupação" que este fosse "prudente, resiliente e credível".

O plano de reestruturação foi entregue à Comissão Europeia no último dia do prazo, 10 de Dezembro, e prevê a redução de 25% da massa salarial do grupo (30% no caso dos órgãos sociais) e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88 aviões comerciais.


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