“Mais do que nunca é tempo de agir”

11 maio 2020
3min.

Perante o tempo difícil que vivemos a APAT, uma vez mais foi foi ao encontro dos seus associados. A forma como o fez, desta feita, entre muitas outras de que foi protagonista nos últimos tempos, foi um questionário que teve enorme aceitação entre as empresas de transporte.

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A APAT promoveu junto dos seus associados um questionário específico sobre o impacto da Covid-19. O questionário tinha como principal objectivo perceber de que forma os Transitários “estavam a dar a volta” à questão da pandemia e que expectativas tinham para futuro.

Pretendia-se assim perceber as maiores dificuldades e também o caminho a seguir sustentado na opinião e no saber fazer de quem está todos os dias nesta contenda que é a Logística e a cadeia de transportes.

A Direcção da APAT fez chegar à Revista Eurotransporte os números obtidos pelo inquérito que transcrevemos: 95,5% afirma ter implementado um Plano de Contingência - Uma vez que não podemos deixar parar o País e não podíamos arriscar ficar com os trabalhadores também doentes; 24,6% sentiu necessidade de recorrer ao Lay-off – Essencialmente aqueles muito dedicados a um nicho de mercado que entretanto parou, nomeadamente o tráfego aéreo e em grande parte o rodoviário e finalmente 78,2% adoptou o regime de Teletrabalho – Evitando assim o contato social, cumprindo o solicitado pelo governo, sem nunca deixar de estar na linha da frente procurando as melhores soluções para o abastecimento dos bens de primeira necessidade e de equipamentos médicos.

Perante estes números e quando se faz a média de trabalhadores por empresa, verifica-se que em teletrabalho regista-se uma média de 46% de funcionários, enquanto que a de ytrabalhadores em lay-off é de apenas 13%.

Quanto à questão de quais as principais dificuldades, pode sintetizar-se que as mesmas foram a diminuição do volume de negócio, logo muitos transportes em “vazio”; crédito malparado/cobranças difíceis/falta de liquidez de clientes; especulações de preço/aumento de custos; diminuição da capacidade de resposta no transporte marítimo por elevadas omissões de escalas, no transporte aéreo devido à suspensão de voos de passageiros e encerramento de fronteiras  e no transporte rodoviário por falta de camiões nomeadamente para exportação; resposta mais demorada por parte dos organismos públicos (alfândegas) e obrigatoriedade de apresentação de alguma documentação em suporte físico e, por fim, ausência de medidas concretas para a actividade transitária.

Relativamente a prespectivas de recuperação da crise actual, as empresas responderam com optimismo, mas apenas e só no longo prazo.

Para o futuro próximo a apreensão é maior e existe uma consciência colectiva de que será um período complicado, mas que também é difícil antecipar, pois tudo dependerá do que o Governo vier a fazer e que medidas de apoio definirá, nomeadamente para as exportações.

Em suma, das respostas obtidas, pode-se extrair duas correntes de opinião. Uma que defende que o levantamento gradual das contingências determinará a aceleração da recuperação económica e, outra, que acredita que, apesar da abertura gradual do mercado, o processo de recuperação será mais difícil e prolongado no tempo, essencialmente por questões económicas.

Leia o Nº115 da revista Eurotransporte AQUI

 


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