A Luís Simões, operador logístico de referência na Península Ibérica, assinala as tendências que vão marcar o sector da Logística nos próximos anos. Em 2019 foram distribuídos 243.9 milhões de toneladas de mercadorias por estrada em Portugal; e, ainda que a pandemia tenha afectado o comércio de bens não essenciais ao longo do último ano e meio, durante o primeiro trimestre de 2021, em pleno segundo confinamento, o transporte rodoviário de mercadorias cresceu 8,3% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Tal como aconteceu noutros setores, a crise sanitária obrigou as empresas de logística a reinventar-se, acelerando a sua transformação digital para que pudessem continuar a oferecer os seus serviços com a maior qualidade e segurança e ao ritmo exigido pelo mercado.
Tendências tecnológicas
Na sua experiência como operador de referência em inovação, a Luís Simões destaca seis tendências-chave que vão marcar a digitalização do sector nos próximos anos:
· Automatização das operações, progredindo no trabalho colaborativo entre máquinas e humanos, na automatização da gestão de armazéns, na distribuição e na reciclagem de resíduos – o que permitirá delegar as tarefas mais rotineiras às máquinas.
· Business Intelligence, com novas aplicações desenvolvidas para reduzir o tempo e os recursos dedicados a cada processo, assim como aumentar a segurança, evitar erros e melhorar a rastreabilidade.
· Análises de Big Data, evoluindo para processos impulsionados por dados, que tiram partido do seu valor para antecipar a procura dos clientes e fazer previsões para otimizar as operações e as margens.
· Inteligência Artificial e algoritmos preditivos, melhorando a capacidade de adaptação dos operadores a picos na procura e mudanças sazonais.
· Internet das Coisas (IoT), conectando veículos, infraestruturas e pessoas para melhorar a gestão do tráfego, aumentar a eficiência dos processos remotos e reduzir as emissões poluentes.
· Cibersegurança, protegendo a integridade, confidencialidade e disponibilidade dos dados através de soluções de segurança baseadas em IA, criptografia quântica e blockchain.
Inovação contínua
Apostando na inovação como alavanca para oferecer soluções logísticas de vanguarda, precisas e rentáveis, a Luís Simões investe nas tecnologias mais recentes para otimizar as suas operações e melhorar a qualidade do serviço ao cliente.
Entre elas destaca-se a automatização de armazéns: desde 2008 que a empresa investe em sistemas AVG que se conectam diretamente ao software de gestão, aumentando o número de movimentos por hora para o transporte de paletes ou caixas, reduzindo assim a área necessária e os erros manuais. A recente inauguração do polígono industrial Puerta Centro – Ciudad del Transporte, em Guadalajara, transformou aquele Centro de Operações Logísticas (COL) numa referência europeia em termos de automatização.
A solução Power BI – que ajuda a saber, de forma remota e em tempo real, o estado de todos os processos ativos – programas BOT que processam tarefas administrativas repetitivas ou aplicações que dão resposta a diferentes especificidades (como a segurança alimentar ou a conformidade com determinadas normas) - são outras das tecnologias da Logística 4.0 do Grupo, que planeia também reforçar o seu investimento em IoT e cibersegurança.