A quem reportam os colaboradores que são condutores, e apenas nessa função, quem se preocupa com a condução que é uma tarefa inerente à maioria das deslocações integradas na atividade produtiva de uma empresa.

Quando é necessário contratar alguém para trabalhar na empresa, se conduzir uma viatura for parte integrante da função, apenas se verifica se tem carta de condução e, provavelmente, se possui experiência de condução. Vejo nas empresas a distribuição, por diversos departamentos ou pessoas, da gestão “tarefa” de conduzir, com tudo o que ela envolve.

Se algum colaborador precisar de manutenção na viatura ou reportar um acidente, fala com o responsável de frota (se existir algum na empresa), se necessitar de planear ou alterar deslocações reporta ao chefe do seu departamento, para outros assuntos provavelmente reportará aos RH.

Mas tem de existir alguém na empresa especificamente responsável pela gestão dos condutores? E, se houver, será a chefia do departamento para quem presta serviço, por exemplo o diretor comercial se o colaborador é um vendedor, ou a direção do departamento de assistência técnica, se o colaborador for um técnico que trabalha no exterior? É ao gestor de frota que cabe coordenar a eficiência na condução, ou é à direção HSE que integra a segurança e a sustentabilidade da empresa?

No entanto todos estes responsáveis se reúnem por vezes, para avaliarem a melhor solução para a formação dos condutores; porque é obrigatória pela política da empresa, por ser necessária por ter aumentado a sinistralidade ou para se cumprirem as metas de redução de emissões da frota.

Possuir carta de condução válida não define se alguém conduz bem. Pode até já ter perdido quase todos os pontos da carta, mas nem o cadastro do condutor ¹ nem o histórico de acidentes fazem parte do CV do colaborador. Muitas vezes o que conta é guiar há muitos anos e conduzir todos os dias, porque isso é experiência!

Um condutor que cometa diariamente os mesmos erros, seja por falta de formação, de conhecimento ou apenas pela atitude e pelos comportamentos que tem, pode passar por bom condutor apenas porque tem experiência. A “experiência”, contada pela antiguidade da licença de condução ou pelos quilómetros conduzidos, não deve ser condição única para se entregar uma viatura a alguém para a utilizar profissionalmente.

A gestão da função “condutor” numa empresa deve estar organizada numa equipa, pluridepartamental ou num grupo de trabalho, que fique responsável pela segurança e eficiência dos condutores.

Objetivos da gestão dos condutores da empresa

A estratégia de gestão da condução, deve assentar num programa, contínuo, que assenta nos 3 pilares¹ da EFICIÊNCIA:

Contexto

A seleção da viatura adequada ao serviço, equipada com sistemas de segurança e com planos de manutenção exigentes;
O planeamento das deslocações em razão das distâncias a percorrer durante os períodos de trabalho, de modo a não exigirem comportamentos desadequados,
Descrição das competências e responsabilidades de quem conduz e quem gere os condutores;
Elaboração de um manual de regras de utilização das viaturas e normas de comportamento dos condutores;
Definição de um plano de formação e treino integrado para cada tipo de função e de exigência de condução.

Competência

Providenciar formação para novos condutores e pelo uso de novas viaturas (p.e. viaturas elétricas) para uma utilização eficiente da viatura e dos seus sistemas de segurança e das normas de atuação em caso de emergência;
Realizar avaliações de desempenho e treino regulares, que mantenham os condutores atualizados em função das alterações legais, da evolução técnica de viaturas e das estradas e mesmo da sua evolução pessoal, pois a idade ou a experiência também contam!

Motivação

Definir e divulgar metas de segurança e de eficiência;
Implementar programas que premeiem os bons exemplos ou quem atinge os objetivos definidos.

1-Conceito E=m.c2 do programa Fit2Drive© desenvolvido pela CR&M Formação Lda

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