Actualidade
26 março 2020

CE quer “corredores verdes” para os transportes internacionais

Para garantir que as cadeias de abastecimento à escala da UE continuem a funcionar, os Estados-Membros foram convidados a designar, sem demora, os pontos de passagem autorizados, com relevância no âmbito da rede transeuropeia de transportes (RTE-T), que constituirão os pontos de passagem das fronteiras com vias reservadas, chamados de “corredores verdes”.

Estes deverão estar abertos a todos os veículos de carga, independentemente das mercadorias que transportam. A passagem da fronteira, incluindo todas verificações e rastreios sanitários, não deverá demorar mais de 15 minutos.

Nas palavras de Adina Vălean, comissária responsável pelos Transportes "a rede de transportes da UE liga toda a União. O nosso documento de orientação tem por objectivo proteger as cadeias de abastecimento da UE nestas circunstâncias difíceis e garantir que tanto as mercadorias como os trabalhadores dos transportes possam viajar até onde são necessários e sem demoras”, referiu.

Para adiantar de seguida que “agora, mais do que nunca, é imperativo adoptar uma abordagem colectiva e coordenada do transporte transfronteiriços. Os ‘corredores verdes’ são também especificamente concebidos para proteger os trabalhadores dos transportes, que estão na linha da frente desta crise”.

              Adina Vălean, Comissária Europeia para os Transportes
 

O presente conjunto de recomendações, a que a Revista Eurotransporte teve acesso, facilitará esta missão, já de si desgastante, assim como irá proporcionar um “aumento da segurança e da previsibilidade do trabalho dos motoristas", disse ainda a comissária.

Como devem funcionar os “corredores verdes”

No manifesto publicado pela CE sobre os procedimentos a adaptar, é aconselhado que os mesmos, nos pontos de passagem fronteiriços, sejam simplificados e limitados ao estritamente necessário. As verificações e os rastreios sanitários deverão ser efectuados sem que os condutores tenham de abandonar os seus veículos assim como deverão ser submetidos apenas a controlos mínimos.

“Não se deverá pedir aos condutores de veículos de mercadorias que apresentem outros documentos que não sejam a respectiva identificação e carta de condução, ou se necessário, uma carta do empregador”, refere a comissária. Assim, segundo Adina Vălean “nenhum veículo de transporte de mercadorias ou respectivo condutor que passe no ‘corredor verde’, deverá ser objecto de discriminação, independentemente da sua origem e destino, da nacionalidade do condutor ou do país de matrícula do veículo”, concluiu.

No contexto que vivemos, os Estados-Membros são também instados a suspender, de forma temporária, todas as restrições de circulação actualmente em vigor no respectivo território, como a proibição de circular aos fins de semana e proibições sectoriais.

A Comissão incentiva os Estados-Membros a criarem corredores de passagem seguros, para que os condutores privados e os seus passageiros, como, por exemplo, os trabalhadores do sector da saúde e dos transportes, bem como os cidadãos da UE repatriados, seja qual for a sua nacionalidade, atravessem com prioridade o país nas direções necessárias, ao longo da rede RTE-T, respeitando a obrigação de seguir estritamente a rota designada e de cumprir os intervalos de descanso mínimos necessários.

Os Estados-Membros deverão assegurar que dispõem de, pelo menos, um aeroporto funcional para os voos de repatriamento e de ajuda humanitária internacionais.

 

 

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