A ACEA adianta ainda que para se atingir as metas propostas pela União Europeia nas emissões de CO2 é crucial que haja uma aceitação no mercado de camiões com zero emissões ou baixas emissões. Embora o objectivo seja concluir um acordo para novas metas de CO2 nas próximas semanas, as infra-estruturas necessárias praticamente são inexistentes e a ACEA afirma não haver um plano claro da UE para alterar isso.
ACEA adianta que terão de existir pelo menos seis mil pontos de carregamento de alta potência (superior a 500 kW) para camiões eléctricos nas auto-estradas da UE em 2025/2030. A isto acrescem 20 mil pontos de carregamento normais adequados para camiões, elevando o total para 26 mil.
"O que é chocante é não haver, actualmente, um único ponto de carregamento público para camiões de longa distância", afirma Erik Jonnaert, secretário geral da ACEA.
A associação refere ainda que embora já haja pontos de carregamento nas auto-estradas para os veículos ligeiros eléctricos, os camiões não podem utilizar essas infra-estruturas porque necessitam de muito mais potência e energia. Da mesma maneira, as estações de abastecimento de hidrogénio para os ligeiros não são adequadas para os camiões, uma vez que a pressão é demasiado baixa para as suas necessidades. A ACEA defende que serão precisas cerca de mil estações de hidrogénio específicas para camiões em 2025/2030, mas actualmente só existem dez em toda a UE, nenhuma delas adequada para camiões de longo curso.
No que diz respeito a postos de abastecimento público para camiões a gás natural comprimido (GNV) e gás natural liquefeito (GNL), já existem em alguns Estados-membros da UE, mas a sua distribuição é ainda desigual ao longo da Europa e o número continua a ser reduzido.
"Os políticos devem estar cientes desta situação alarmante quando chegarem a um acordo sobre as futuras metas de CO2 para os camiões, uma vez que estas estão dependentes de um aumento massivo de venda de camiões movidos a combustíveis alternativos", afirma Erik Jonnaert, acrescentando que "as metas têm de ser acompanhadas por um plano de acção para implementar infra-estruturas ao longo da UE adequadas aos camiões. Não se pode esperar que os clientes apostem em camiões movidos a combustíveis alternativos se não tiverem a possibilidade de os recarregar ou reabastecer".
O secretário geral da ACEA garante que "a associação apoia totalmente que se chegue a acordo sobre as novas metas de CO2 para camiões, mas instamos os decisores a assegurarem que as metas sejam alcançáveis na prática".
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