Conduzir com chuva? Atenção ao aquaplaning

07 novembro 2017
3min.

Estudo desenvolvido em Portugal revela que a preocupação dos condutores portugueses com a segurança aumenta quando as condições meteorológicas estão adversas, nomeadamente quando chove.

Pedro Teixeira

Os pneus novos podem dispersar até 30 litros de água por segundo a uma velocidade de 80 km/h, mas com os valores mínimos permitidos por lei no que se refere à profundidade do piso (1.6 mm) a capacidade de dispersão de água diminui em cerca de 50%. Medições elaboradas pela Continental, mostraram que com uma profundidade do piso de cerca de 3mm, os pneus retêm até 80% da sua capacidade de dispersão de água. Para determinar estes resultados, o fabricante de pneus desenvolveu uma série de testes com diferentes pneus. Os testes mostraram que à medida que a profundidade do piso do pneu diminuiu, os modelos perdem capacidade de dispersar volumes elevados de água. Quando os pneus atingem o limite dos 3mm, os condutores devem trocar de equipamento. 

Para ajudar a determinar a profundidade do piso, os fabricantes como a Continental e a Uniroyal instalaram indicadores de desgaste entre as ranhuras do piso. Se o piso circundante se desgastou até ao nível dos indicadores, está na hora de substituir os pneus para garantir a segurança da circulação de todos os condutores. Os indicadores podem ser encontrados alinhados com o símbolo de uma gota de águia na parede lateral dos pneus. 

Num estudo realizado pela Continental Pneus Portugal no âmbito do projecto Visão Zero e que pretendia descrever as atitudes e a percepção dos condutores relativamente à segurança rodoviária, 57% dos inquiridos revela um maior nível de preocupação com a segurança rodoviária quando está as condições meteorológicas são adversas, nomeadamente quando está a chover. 
Mesmo com pneus novos e em bom estado, os condutores deve sempre reduzir a velocidade em piso molhado de forma a diminuir o risco de aquaplaning. Se entrar em aquaplaning, os condutores devem retirar imediatamente o pé do acelerador e diminuir a velocidade. Devem evitar “virar” o volante e travar. Contudo se existir a ameaça de um acidente, devem iniciar a travagem de emergência – na maioria dos casos os pneus traseiros mantêm aderência suficiente para abrandar o veículo. Logo que possível deve retomar-se a circulação a uma velocidade reduzida. 

Segundo Pedro Teixeira, Director Geral da Continental Pneus em Portugal, “tendo em conta que estamos na época das chuvas nunca é demais relembrar os condutores da importância de verificar regularmente o estado dos pneus e sempre que a profundidade do piso for inferior a 3mm proceder à sua substituição com a maior brevidade. Os pneus são o único ponto de contacto do veículo com o solo e como tal desempenham um papel fundamental na segurança rodoviária”, referiu.  
Mais informações em:  
http://www.continental-pneus.pt/ligeiros/empresa/visao-zero-acidentes

Ficha técnica do estudo: 
Universo: indivíduos de ambos os sexos, com 18 ou mais anos de idade, a residir em Portugal continental e Ilhas
Amostra: 1285 inquéritos válidos
Amostragem: Não probabilística, por quotas. Quotas relativas à idade dos inquiridos. Distribuição Continente e Ilhas.

PR


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