O objectivo é tornar os resultados dos testes de pneus para veículos de passageiros e pesados mais conclusivos e minimizar o impacto do procedimento de teste nos resultados. O novo veículo de teste é baseado no automatizado Cruising Chauffer automatizado da Continental, desenvolvido para rodovias.
O veículo de teste é controlado utilizando um sistema de navegação baseado em satélites. Equipado com câmara e sensores de radar, o veículo pode reagir imediatamente a pessoas, animais ou outros objectos inesperados na via, mesmo sem condutor. A equipa de desenvolvimento da Uvalde está a contribuir para tornar real a estratégia Visão Zero da Continental com vista a uma condução sem acidentes.
“Em situações críticas, o nível de tecnologia dos pneus é o factor decisivo para determinar se o veículo para a tempo”, explica Nikolai Setzer, membro do Conselho Executivo da Continental e chefe da Divisão de Pneus. “Com testes de pneus que utilizam um veículo automatizado, conseguimos resultados de testes altamente conclusivos e, desta forma, garantimos a qualidade premium dos nossos pneus.”
Novos modelos de pneu desenvolvidos têm de ser testados sob condições reais
Uma das tarefas desafiantes na produção de pneus é realizar testes de qualidade enquanto os pneus estão em utilização. Novos compostos de borracha e modelos de pneus têm que ser testados em condições reais, avaliando o quão bom é o seu desempenho em estradas de cascalho, por exemplo. Dirigir os veículos de teste exige muito dos condutores, pois mesmo os menores desvios na pista de teste podem ter um impacto enorme na qualidade e na comparabilidade dos resultados.
Desde 2016, a equipa liderada por Thomas Sych, chefe de testes de pneus da Continental, tem trabalhado no teste de pneus para o futuro, em Uvalde. “Queremos automatizar e padronizar os testes de pneus de tal forma que possamos identificar até as menores discrepâncias”, explica Sych. “O veículo automatizado permite reproduzir processos com precisão, o que significa que todos os pneus no teste atuam exactamente nas mesmas condições. Desta forma, podemos ter a certeza de que as diferenças no teste são realmente causadas pelos pneus e não pelos procedimentos.”
Por estas mesmas razões, os engenheiros da Continental já desenvolveram um veículo controlado electronicamente para automatizar os testes de pneus há 50 anos. Naquela época, o veículo seguia um cabo que estava colado à pista, o que limitava a sua utilização a pistas de teste em asfalto. O protótipo actual pode navegar com segurança por estradas de cascalho sem um condutor.
Além da comparabilidade significativamente melhorada dos resultados, o teste de pneus com veículos automatizados reduzirá ainda o trabalho de manutenção necessário nas pistas de teste. Como o veículo é lançado numa rota que varia apenas alguns centímetros a cada teste, a pista é submetida a menos desgaste, exigindo, portanto, consideravelmente menos manutenção.
“Graças à estreita colaboração com colegas de diferentes áreas da Continental, fizemos grandes progressos com o nosso protótipo para o teste de pneus. O nosso foco é, agora, desenvolver ainda mais as câmaras e sistemas de radar necessários para este caso especial de percursos off-road, para que o veículo possa reagir apropriadamente quando pessoas, animais ou outros veículos surgirem inesperadamente”, explica Sych. “Temos conhecimento, pela nossa própria pesquisa, como os Estudos de Mobilidade Continental, de que a confiança é extremamente importante para a mobilidade do futuro. Temos plena consciência dessa responsabilidade ao desenvolver estas novas tecnologias.”
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