Carlos Sousa já testou o Duster para o Dakar

04 janeiro 2018
4min.

O “shakedown” organizado para o piloto de Almada realizou-se a pouco mais de uma centena de quilómetros da cidade de Buenos Aires.

Carlos Sousa Shakedown Dakar'2018
Duster Dakar Team Dakar'2018

Carlos Sousa Shakedown Dakar'2018

As primeiras impressões são bastante positivas, conforme explica Carlos Sousa: «O Duster está muito bem construído. Gostei do seu comportamento e do motor. A equipa é muito profissional e já se vive uma grande azáfama, pois estamos perto do início da prova.» O Dakar 2018 decorrerá entre  6 e 20 de janeiro, com passagem pelo Perú, Bolívia e Argentina. O Duster de Carlos Sousa ostentará o número 315 nas portas.

O português Carlos Sousa estreou-se ao volante do Duster com que, a 6 de janeiro, vai estar à partida da edição 2018 do Dakar. Um “shakedown” em que o piloto aproveitou para conhecer não apenas o Duster, mas também a equipa. “Como não houve a possibilidade de fazermos o teste mais cedo, optámos por fazer poucos quilómetros. Os pisos também tinham zonas com lama, devido à chuva que tem caído na região (a pouco mais de uma centena de quilómetros da cidade de Buenos Aires), pelo que, a duas semanas do início da prova, não quisemos arriscar», sublinha o piloto nacional.

Uma sessão que, apesar de tudo, serviu para Carlos Sousa confirmar as positivas impressões que tinha do Duster: «O Duster está muito bem construído. É um automóvel muito sólido. Gostei do seu comportamento e do motor. No entanto, admito que estranhei o regresso à condução de um carro equipado com motor a gasolina. Um motor que tem menos binário nos baixos regimes, obrigando a uma pilotagem completamente diferente, com mais recurso à caixa de velocidades e a rotações mais elevadas. Mas, se tudo correr bem, no final da terceira etapa, a adaptação está feita!» Recorde-se que, as cinco últimas participações de Carlos Sousa no Dakar, foram ao volante de viaturas Diesel.

Depois dos quilómetros efectuados ao volante do Duster, Carlos Sousa reitera a confiança de que «podemos sonhar com a conquista de um resultado final nos dez primeiros. Não vai ser nada fácil, tendo em conta a dureza da prova, bem como a quantidade e a qualidade dos inscritos, mas acredito nessa possibilidade. No entanto, as primeiras etapas não vão ser fáceis. O Dakar 2018 começa logo com as dunas do Perú, onde vou procurar readquirir o ritmo e adaptar-me ao Duster. Vai ser duro, mas o Duster parece preparado para enfrentar a dureza da prova. Na sequência do teste, só fiquei com a ideia que talvez esteja equipado com uma relação de caixa algo “curta”, o que poderá ser uma limitação nas etapas mais rápidas.»

Pelo sexto ano consecutivo, dois Duster inscritos pela Renault Sport Argentina (a gama Dacia é comercializada neste país sob a marca Renault) estarão à partida do mais exigente e apaixonante rali do mundo: o Dakar. Equipados com um motor V8 da Aliança Renault-Nissan, com 390 cavalos de potência, os Duster querem ser uma das surpresas da prova, beneficiando da experiência e da rapidez dos dois pilotos da equipa: o português Carlos Sousa e o argentino Emiliano Spataro. Apesar de ser desenvolvido pela filial argentina da marca, o projecto tem beneficiado do apoio e acompanhamento da “casa mãe” Renault Sport Racing, a divisão desportiva do Grupo Renault.

Para Carlos Sousa, a 18ª participação no Dakar será marcada por uma dupla estreia: a entrada no Renault Duster Dakar Team e a companhia do francês Pascal Maimon, navegador que, em 2002, cometeu a proeza de vencer o Dakar, ao lado do japonês Hiroshi Masuoka.

O Dakar 2018 decorrerá entre 6 e 20 de janeiro, com passagem pelo Perú, Bolívia e Argentina. O Duster de Carlos Sousa ostentará o número 315 nas portas.

PR


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